Ricardo Salles |
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O deputado continuou a exposição, rebatendo as acusações de golpe e destacando a inconsistência de quem tenta associar os eventos de 8 de janeiro a uma tentativa de golpe. De acordo com Salles, não se pode falar em golpe quando os prédios estavam vazios e as pessoas estavam desarmadas. Ele argumentou que a tentativa de caracterizar os acontecimentos como um golpe é uma falácia, ressaltando que não há sentido em dar um golpe em pleno feriado, com a ausência das principais autoridades e sem qualquer tipo de força militar real. Para ele, a narrativa de golpe é infundada e não condiz com os fatos. No entanto, mesmo sem classificar os eventos como um golpe, o deputado enfatizou a gravidade das ações dos militares, que permitiram que pessoas fossem presas de forma arbitrária e foram emboscadas na porta os quartéis.
Salles criticou também a postura dos juristas e senadores que, segundo ele, se prestaram ao papel de apoiar a narrativa oficial sem questionar o que realmente aconteceu. Para o deputado, esses "juristas com 'j' minúsculo" agiram de forma irresponsável ao endossar a versão que favorecia a repressão contra os indivíduos que foram detidos, sem considerar as evidências que mostram que os presos eram, na verdade, vítimas de uma ação desproporcional e injusta. A crítica do deputado se estendeu aos senadores, que, ao seu ver, não cumpriram seu papel de fiscalização, colaborando com o ambiente de impunidade e covardia que, para Salles, dominou a situação. O discurso do parlamentar refletiu uma crescente insatisfação com as atitudes de determinados setores do governo e das forças armadas, que, na visão de Salles, falharam ao permitir abusos e injustiças contra cidadãos inocentes.